Híbrido

→ Iscte, Aud. Mário Murteira

→ Link Zoom: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/84926123974
ID da reunião: 849 2612 3974

RESUMO

Nos últimos anos, a migração dos Sikhs Punjabi para Portugal começou a ganhar atenção. Embora se estimasse que os primeiros migrantes começaram a mudar-se para Portugal no início da década de 1990, a comunidade tem permanecido durante muito tempo despercebida. Os Sikhs em Portugal são predominantemente jovens e do sexo masculino e uma grande parte deles tem estado, a dada altura, numa situação administrativa irregular. Com base numa investigação etnográfica multisituada utilizando a observação participante em diferentes cidades do Punjab e da Grande Lisboa entre 2017 e 2019, esta trabalho visa analisar a forma como os papéis de género são mantidos e negociados no seio das famílias transnacionais dos migrantes Punjabi em Lisboa e no Punjab. Investiga o papel crucial do género na delimitação do âmbito dos projetos de migração para Portugal. Embora as restrições à migração tenham o poder de encorajar ou dissuadir práticas familiares transnacionais, tais como o reagrupamento familiar e os casamentos transnacionais, olha para a forma como as regras de parentesco e as normas sociais funcionam para além das fronteiras.

Palavras-chave: Transnacionalismo, parentesco, género, migração

BIOGRAFIAS

Jessica Lopes formou-se como assistente social na Universidade do Luxemburgo e continuou a sua educação com uma pós graduação em Crise e Ação Humanitária no ISCSP e um mestrado em Sociologia no Iscte.

Ao lado da sua formação académica, tem estado envolvida em vários projectos de defesa dos direitos dos imigrantes. Durante o tempo em que viveu em Lisboa foi militante na organização Solidariedade Imigrante advogando a regularização dos imigrantes indocumentados. Hoje é assistente social e membro do conselho de administração da ASTI, uma organização de apoio aos migrantes no Luxemburgo e membro activo da plataforma feminista JIF.

Inês Lourenço é doutorada em Antropologia (Iscte - Instituto Universitário de Lisboa) e investigadora integrada do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA-Iscte). A sua investigação centra-se nas populações com origem na Índia em Portugal, com destaque para a diáspora Hindu-Gujarati, e nos seus processos de reprodução e negociação cultural, de adaptação religiosa, social e de género. Outros temas de trabalho relacionam-se com o consumo de bens culturais de matriz indiana e com os seus usos sociais em Portugal. Atualmente estuda os processos de patrimonialização das comunidades de origem indiana em Portugal, numa articulação entre antropologia e museologia, observando as suas lógicas informais e as dinâmicas de pluralidade de identidades e de cruzamentos culturais, que estas evidenciam.